Você sabe o que são veículos clássicos? Essa pergunta pode parecer fácil de ser respondida, mas, após refletir sobre o tema, percebemos que, na verdade, não é tão simples assim.
A definição de veículo clássico pode ser diferente dependendo de quem responder e pode mudar de acordo com a época em que estamos. Há alguns anos, um veículo fabricado na década de 80 ou 90, dificilmente seria classificado como clássico. No entanto, alguns exemplares dessa época já alcançam valores importantes no mercado. Na verdade, existe até mesmo um termo específico para se referir a esta categoria dentro dos veículos clássicos: Youngtimers ou novos clássicos, futuros clássicos.
Claro que não é qualquer carro fabricado nessa época que se encaixa nessa classificação. Para isso, é necessário que o modelo apresente importância histórica ou tecnológica, mas, é interessante notar como carros com fabricação cada vez mais recente têm se tornado candidatos a essa classe.
A verdade é que não existe uma definição precisa. Pode ser por conta da idade, da importância histórica ou, até mesmo de forma muito mais subjetiva, como modelos que trazem sentimentos de nostalgia ou que foram parte de uma história pessoal ou da sua vida. De todo modo, o importante é saber a melhor forma para cuidar dele.
Da mesma maneira que a tecnologia dos celulares e smartphones têm crescido de forma exponencial, com os carros não é diferente. Os motores têm cada vez mais tecnologia embarcada para produzir mais potência e torque de maneira mais eficiente, consumindo menos combustível e, de preferência, sendo acessível economicamente.
Turbocompressores, bombas de óleo pilotadas e de alta eficiência, injeção direta de combustível, folgas cada vez menores, tratamentos superficiais para reduzir o atrito e muitas outras tecnologias são comuns atualmente, mesmo em motores de carros de entrada. Essas tecnologias afetam, direta ou indiretamente, o trabalho que o lubrificante desempenha no motor, por meio de sua formulação, seus óleos básicos sintéticos e seu pacote de aditivos que precisam acompanhar o avanço dessas tecnologias para manter o motor protegido do desgaste sem comprometer a eficiência.
Atualmente, é comum que os óleos de motor sejam sintéticos e de baixa viscosidade para atender a essas exigências de alta durabilidade, proteção e eficiência no consumo de combustível.
Então, se os óleos atuais são mais modernos e tecnológicos do que os seus antecessores, não seria benéfico usar esse óleo em motores antigos? Depende. Em geral, não.
Motores mais antigos não utilizavam as mesmas técnicas de produção atuais, eram feitos com menos precisão e menos tecnologia embarcada. As folgas e tolerâncias eram maiores, os tratamentos superficiais eram mais simples ou mesmo não existiam e os sistemas hidráulicos no motor eram restritos a poucos modelos.
De maneira geral, os motores eram desenvolvidos para trabalhar em conjunto com óleos de viscosidade mais alta, preenchendo de maneira correta essas folgas. Por esse motivo, utilizar um óleo de baixa viscosidade em motores antigos, na maioria das vezes, não é uma boa ideia.
Nenhum carro foi feito para ficar parado. Então, mesmo um carro de coleção ou exposição, deve funcionar periodicamente, ou pelo menos, receber a manutenção correta de acordo com essa condição. O longo tempo em repouso ou, em alguns casos, hibernado, requer uma manutenção diferenciada e produtos adequados para tal fim. A linha Classic Motul leva isso em conta, pois é importante que o filme lubrificante tenha uma capacidade de adesão superior para que perdure por um bom tempo, mesmo que o motor fique em repouso sem circulação de óleo. Isso garante proteção contra corrosão e que a partida após esse período de inatividade seja feita de forma segura e eficaz.
Os materiais desses motores mais antigos também eram diferentes dos utilizados atualmente, principalmente as vedações, selos e juntas, que poderiam, inclusive, ser de material orgânico. A formulação do lubrificante deve ser pensada de acordo com a compatibilidade desses materiais.
Em muitos motores clássicos, as condições de trabalho e os requisitos sobre os lubrificantes eram diferentes em relação ao regime de lubrificação da parte superior no cabeçote. Ali, ocorre o regime limite de lubrificação, quando há mais carga entre as peças metálicas, e o contato das superfícies metálicas. Nessa condição, não há filme lubrificante entre as superfícies, ou seja, as peças se tocam, pois não há óleo entre elas e se faz necessário outro tipo de proteção da superfície que, geralmente, vem dos aditivos que fazem parte da fórmula do óleo, adicionados cuidadosamente na proporção e nos tipos corretos para fazer o trabalho de proteção das peças que são submetidas a essa condição limite.
Um dos aditivos utilizado nas formulações dos lubrificantes é o ZDDP (dialquilditiofosfato de zinco), um antigo e grande conhecido utilizado como parte da fórmula dos lubrificantes. Vale ressaltar que esse componente faz parte do desenvolvimento do lubrificante, então, a proporção, o tipo e a forma que entrariam nessa fórmula, foram muito bem estudados. Simplesmente adicioná-lo em grandes quantidades no óleo pode causar um efeito indesejado e com chances de causar mais prejuízo que benefícios.
Atualmente, existem outras formas de proteger as peças sob o regime limite, desde óleos básicos de alta tecnologia e desempenho, até aditivos de ação diferente do ZDDP, mais modernos e eficientes. Por esse motivo, a formulação de óleos lubrificantes e, principalmente, dos óleos para clássicos, requer tecnologia de ponta, conhecimento e experiência de muitos anos no mercado.
O grande desafio é produzir um óleo que seja de alta qualidade, compatível com as tecnologias da época atrelado a tecnologia atual.
Dessa forma, não se trata apenas de um produto com especificações defasadas, ou apenas mais simples, mas de uma fórmula dedicada a atender, da melhor forma possível, o que se exigia. Inclusive, em alguns casos, fazendo uma analogia às placas pretas concedidas a veículos antigos, alguns óleos da linha Classic precisam de um registro diferenciado junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo), pois, comprovadamente, seguem as características legítimas da época e não podem ser classificados com um óleo moderno.
Para atender às exigências de cada época específica, desenvolvemos produtos exclusivos para cada aplicação. Desde óleos de motor monoviscosos minerais, de poder detergente baixo, até semissintéticos multiviscosos, com poder médio de detergência, para clássicos mais modernos.
Além dos óleos de motor, podemos contar também com uma linha de aditivos, com um preservador de gasolina e outro para substituir o chumbo que hoje não está mais presente no combustível, mas que é necessário para evitar o desgaste de materiais mais moles de alguns motores antigos.
Conheça a linha de produtos exclusiva para aplicações em veículos clássicos:
Conheça também os aditivos:
É um aditivo estabilizador e melhorador da vida útil da gasolina. Adequado para evitar a degradação da gasolina armazenada por longos períodos no veículo, evitando formação de depósitos gerados pela oxidação do combustível.
Aditivo para combustível à base de fósforo para motores com assentamento de válvulas de ligas mais moles. Evita a recessão de válvulas para motores concebidos para uso de gasolina com alto teor de chumbo.
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