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Entenda a diferença entre os tipos de manutenção para o seu veículo

Danilo Silva
Engenheiro de Aplicações

Realizar a manutenção do veículo, normalmente, não é algo que o proprietário gosta de fazer. Além de ter que disponibilizar o veículo para os reparos, muitas vezes, o benefício não é visto a curto prazo. Afinal de contas, é mais fácil perceber uma alteração estética do que o desgaste em algumas peças ou, até mesmo, a substituição delas, como, por exemplo, do jogo de pastilhas de freios. Mas, nem por isso, ela deixa de ser importante. 

Para os veículos particulares, na linha de carros leves e motocicletas, podemos dividir a manutenção em dois tipos: 

Veículos pesados como caminhões e ônibus devem  fazer, preferencialmente, a manutenção preventiva, porém empresas com grandes frotas optam por um terceiro tipo de manutenção, a preditiva.

Antes de explicar os tipos de manutenção, adiantamos que a corretiva, ou seja, aquela com a finalidade de reparar um defeito, é a mais onerosa e perigosa, já que pode fazer com que o proprietário fique parado na rua devido a um defeito mecânico.

Manutenção preditiva

Um dos principais custos da gestão de frotas são os de manutenção, que podem ser influenciados com a otimização dos insumos utilizados nestas tarefas. Por isso, frotistas adaptam o plano de manutenção preventivo de modo a aproveitar o máximo das peças antes que elas falhem.

Pense em dois cenários. No primeiro, uma frota de ônibus composta apenas por ônibus de viagem atuando praticamente em sua totalidade por rodovias. No segundo, outra frota composta por ônibus de transporte de passageiros dentro das grandes cidades. Mesmo que eles tenham o conjunto mecânico idêntico, o desgaste de peças será completamente distinto, uma vez que o primeiro enfrenta um regime de uso normal enquanto o segundo um regime de uso severo.

Agora imagine que a montadora do ônibus preveja a substituição do óleo em condições normais de uso a cada 30.000 km e, em uso severo, a cada 15.000 km. O quanto uma empresa com 100 ônibus economizaria se pudesse trocar o óleo a cada 45.000 km na frota de rodovias e 20.000 km na frota da cidade?

A aplicação de certas técnicas de análise de óleo, somadas a um plano de manutenção preventivo e preditivo, coerente com a frota e suas condições de operação, são fatores de sucesso para otimizar a utilização destes recursos.

Um plano de manutenção preditiva se estende a outros sistemas e peças além do lubrificante de motor e pode ser feito também para veículos leves, desde que a amostra seja feita em um grupo homogêneo de veículos e uso, o que muitas vezes, inviabiliza a sua prática em veículos leves.  

Manutenção preventiva

Modelo mais conhecido para veículos leves, a manutenção preventiva é aquela que o fabricante recomenda no manual do proprietário. É o tipo que indica o intervalo de troca do óleo do motor, transmissão, fluido de freios e outros. Apesar de parecer simples, exige cuidado com as recomendações, pois essa revisão vai muito além da troca de óleo e filtro do motor.

Os itens variam de acordo com revisão, por exemplo, a substituição das velas de ignição não precisa acontecer na primeira ou segunda revisão do veículo. Mas, deve-se trocar o fluido de freios, no máximo, a cada 2 anos, independente da quilometragem. Por isso, recomendamos que consulte o manual de seu veículo para obter mais informações sobre a periodicidade de troca de cada componente.

Manutenção preventiva do óleo do motor

Em especial sobre o óleo de motor, ao consultar o manual, provavelmente, você encontrará a recomendação de troca do óleo a cada 10.000 km em um veículo flex moderno. Todavia alertamos que é preciso tomar muito cuidado ao manter o plano de manutenção indicado no quadro padrão de recomendações da montadora. As empresas desenvolvem o manual de manutenção baseado em condições de uso normal. Então, para que o lubrificante, fluidos e peças durem o previsto até a troca não podemos submeter o veículo a condições adversas.

Como descobrir se faço uso severo ou normal do meu veículo?

Preparamos uma lista com base em informações sobre uso severo de montadoras como: Chevrolet, Fiat, Honda, Jeep, Volkswagen, Toyota e outras.

  • Veículos em tráfego urbano, com excesso de uso da marcha lenta e o popular “anda e para”;
  • Uso contínuo em ambiente com temperatura externa elevada;
  • Veículos para fins comerciais como transporte de pessoas, táxi ou veículo de locação;
  • Veículos utilizados em percursos inferiores a aproximadamente 8 km;
  • Longos períodos de inatividade do veículo, “veículos de final de semana”;
  • Condução do veículo fora de estrada, em estradas com muita poeira ou próxima a indústrias mineradoras, de cimento e siderurgia e regiões salinas (maresias);
  • Veículos utilizados com reboque ou excesso de carga.

Se você faz uso em uma ou mais condições da lista, recomendamos uma troca de óleo do motor entre as revisões. Assim, se a revisão é feita a cada 10.000 km, antes disso, com 5.000 km você deve trocar o óleo e o filtro de óleo.

Lubrificantes com alto desempenho, capazes de exceder a exigência da norma da montadora, oferecem maior proteção em casos de uso severo e/ou intervalos prolongados de troca. Mas, ainda assim, o motorista deve ficar atento quanto às indicações do fabricante do veículo.

A famosa troca de óleo e filtro do motor, sob o olhar da montadora, deve ser feita entre as revisões. Então, no momento da revisão programada, além da troca de óleo e filtro, deve-se conferir e substituir diversos outros componentes e fluidos.

Itens de revisão

No passado, era comum a montadora não recomendar o uso de aditivos extra para limpeza do sistema de injeção de combustível ou para fazer a limpeza do circuito de óleo. Hoje em dia, a rede autorizada frequentemente aplica esses produtos na revisão com o aval e, em alguns casos, com a montadora indicando aditivos próprios.

Para obter o máximo rendimento, mais que outrora, é necessário que todos os sistemas (injeção de combustível, circuito de óleo, sistema de admissão de ar, arrefecimento e transmissão) estejam livres de contaminações e impurezas que provoquem o aumento de consumo de combustível e funcionamento anormal do componente.

Veja o caso do Filtro de Partículas Diesel (DPF) que, ao sofrer contaminações, o que ocorre naturalmente quando submetido a condições severas de uso e/ou com o uso de combustível e lubrificante fora do padrão especificado, restringe o fluxo do sistema de escape fazendo com que o motor perca potência, contamine precocemente o óleo do motor e ainda pode custar entre R$ 8 mil a R$ 20 mil para substituí-lo. 

Para evitar transtornos como esses devemos investir em produtos que otimizam a limpeza e reestabelecem o funcionamento normal do componente. Em nosso portfólio, o produto responsável por essa função é o DPF CLEAN.

DPF Clean é um produto para limpeza do Filtro de Partículas Diesel.

Linha de aditivos Motul ajuda na manutenção do seu veículo

Trouxemos para o Brasil a nossa já conceituada  linha completa de aditivos que devem ser  aplicados na revisão com o intuito de prolongar o desempenho mecânico ideal do veículo e restabelecer a eficiência quando ele já se encontra com baixo desempenho.

Nossos produtos ajudam na manutenção do seu veículo

Lembrando que combustível adulterado e condição severa aceleram o efeito de contaminação do sistema. Além disso, supondo que a revisão seja feita a cada 10.000 km em um veículo capaz de fazer 10 km com 1 litro, teria passado pelo sistema de injeção 1.000 litros até o momento de revisar e limpar o sistema. Então, o poder de limpeza do produto deve ser alto para conseguir dissolver contaminações provocadas por uma grande quantidade de combustível.

Manutenção corretiva

Por último, a manutenção corretiva. No começo do post, falamos que este é o modelo mais oneroso e, por isso, precisamos evitá-lo. Leve em consideração o perigo de ficar na estrada com o veículo quebrado, os custos do guincho e da falta de manutenção preventiva. Não dá para arriscar.

É possível utilizar diversos exemplos relacionados a problemas com o combustível, como travamento de um bico injetor diesel, entupimento do filtro de partículas diesel (DPF), formação de depósitos nas válvulas e a formação de borra nas galerias de óleo. Mas, para expandir um pouco a perspectiva mecânica entre manutenção preventiva e corretiva, compare o custo de uma troca da correia dentada e o custo que ficaria com a ausência deste serviço e o prejuízo que uma quebra de correia pode causar.

Por isso, quanto mais cuidarmos do veículo de modo preventivo, menor o risco de surpresas desagradáveis. Gostou deste post? Então, compartilhe em suas redes sociais e aproveite para nos seguir no Instagram e no Facebook para ver mais notícias como esta!

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