A segurança é um dos fatores fundamentais no desenvolvimento dos veículos, por isso, há uma série de sistemas com a finalidade de salvar vidas. Alguns dispositivos de segurança aumentam o controle veicular e reduzem a possibilidade de acidentes, outros visam preservar vidas quando acontece uma colisão, como:
A eficiência proporcionada por esse conjunto de sistemas pode ser verificada através de testes de impacto (Crash-Test).
Ainda assim, quando falamos em segurança, a melhor maneira de proteger vidas é reduzir ao máximo a possibilidade de acidentes. Com essa finalidade, podemos citar os sistemas ABS (Anti-lock Braking System), ASR (Anti Slip Regulation), ESP (Electronic Stability Program), AEB (Autonomous Emergency Braking), TVC (Torque Vectoring Control) e outros equipamentos que melhoram o controle do veículo.
Mas, você sabe como eles funcionam?
Neste artigo, vamos destacar os sistemas mais comuns ligados ao circuito hidráulico de freios e estabilidade dos veículos.
Os freios e seus fluidos podem não ser uma novidade para você. Inclusive, já falamos sobre este assunto em outro post. Mas, de maneira geral, o sistema de freio de um veículo convencional segue o da imagem abaixo:
Nesse modelo, ao acionar o pedal de freio, a pressão aplicada é transmitida para as pastilhas comprimirem o disco, proporcionando o atrito necessário para a frenagem. Quando a pressão aplicada é excessiva, acontece o travamento das rodas, causando a perda do controle da direção. Isso aumenta a distância requerida para a frenagem.
O sistema antitravamento de freios ou sistema de frenagem antiderrapante, é o sistema de assistência à segurança mais conhecido. Ele é um item obrigatório para o veículo nacional ou importado a ser comercializado no Brasil.
Como o nome já diz, o ABS é responsável por impedir o travamento das rodas quando o veículo está em linha reta ou em curvas. Quando o veículo está em movimento e o pedal de freio é acionado com excesso de força, havendo o travamento da roda, o coeficiente de atrito pneu/pista é diminuído e a distância percorrida até parar o veículo é maior. Fatores como a condição da pista e velocidade inicial influenciam na distância necessária para frear o veículo. Então, o uso do ABS pode reduzir de 20% a 40% o percurso necessário em situações cotidianas.
Além da situação onde o veículo necessite parar em linha reta, a ação do ABS é essencial quando há uma frenagem e a tentativa de virar o volante, pois com as rodas derrapando e, consequentemente, a perda de fricção entre pista e pneu, é impossível conseguir mudar a direção do veículo.
Esse monitoramento do travamento é feito em cada roda através de um sensor e uma roda dentada. Com a informação de velocidade em cada roda, a unidade eletrônica verifica se é necessário diminuir a pressão hidráulica de frenagem. Veja a ilustração abaixo para entender o sistema de monitoramento do ABS:
Em uma frenagem de emergência, o módulo reduz e reaplica a pressão em todas as linhas em milésimos de segundos para que haja a frenagem sem travamento. Para o motorista, o resultado desta ação é sentir o pedal trepidando, comumente observado ao acionar o freio de forma repentina em linha reta.
Quando é necessário virar o volante, a central eletrônica permite a correta distribuição de pressão hidráulica por roda. Assim, é possível o esterçamento durante a frenagem. Com isso, nos veículos equipados com ABS é possível desviar de objetos mesmo se o freio estiver acionado com alta intensidade.
O princípio de monitoramento é semelhante ao ABS, por isso, os sensores das rodas que fornecem a informação de rotação individual por roda no momento da frenagem é solidário também a outras situações, como no momento de arrancada, pista escorregadia ou quando uma das rodas perde a tração por desnível da pista.
O monitoramento das rodas é feito constantemente ao detectar o deslizamento de alguma roda. Ou seja, quando uma roda está girando “livre” em velocidade acima das demais, o sistema entra em ação para corrigir e regular a tração.
O ASR pode utilizar sistemas que controlam a potência do motor, retardando o tempo de ignição ou cortando o fluxo de combustível. Além disso, pode contar com o acionamento do freio de uma roda em específico ao invés de manipular a potência do motor.
Este sistema faz parte do conjunto de sistemas que entram em ação a partir dos sinais recebidos pelo monitoramento das rodas.
Ao detectar que o veículo está em uma situação de sobresterço, popularmente chamado de “saindo de traseira” o controle de estabilidade é ativado automaticamente para que o contato entre pneus e solo seja restabelecido de maneira equilibrada, retomando a trajetória adequada para o veículo. O freio individualizado da roda permite que o controle do veículo e trajetória sejam corrigidos de acordo com ângulo de volante e velocidade individuais das rodas.
Note que numa curva as rodas internas possuem uma velocidade inferior do que nas rodas externas, portanto, a pressão hidráulica nos freios, quando acionados, deve estar distribuída.
Com o crescente uso de tecnologias que envolvam o sistema hidráulico de freios, o fluido de freio foi impactado com a exigência de novas especificações dos fabricantes.
A eletrônica do veículo age em frações de segundo e quanto menor for o tempo de ação total entre eletrônica, hidráulica e a mecânica do sistema, maior será a probabilidade de evitar acidentes.
Para atender a demanda de sistemas como ABS, ASR, ESP e outros, onde o tempo de resposta e baixa viscosidade do fluido seja um pré-requisito, nós recomendamos o MOTUL DOT 4 LV. Suas principais características são:
Conseguiu entender o funcionamento e a importância do ABS e demais sistemas de controle que existem nos veículos?
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