A expectativa do consumidor, no lançamento de um veículo, é que todos os parâmetros sejam melhores do que o modelo anterior ou superior aos veículos existentes na mesma categoria.
Por isso, a inovação sempre esteve presente na indústria automotiva em diversos fatores como:
Atualmente, o desenvolvimento de veículos autônomos, elétricos, conectividade dos veículos e o aumento da participação de veículos híbridos estão em destaque no segmento.
Algumas tecnologias automotivas como de veículos elétricos ou híbridos ainda não são facilmente aplicáveis em ampla escala em todos os lugares do mundo, seja pela matriz energética, por conta de estrutura ou poder econômico de cada país. Isto não quer dizer que a indústria não apresente alternativas menos poluentes em motores à combustão interna. Esse é o tema que abordaremos neste artigo.
No Brasil, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE), controla os limites de emissões de gases dos veículos comercializados. Atualmente, o PROCONVE está na fase L6 para veículos leves e na fase P7 para veículos pesados.
De maneira geral, normas restritivas, frequentemente, são adotadas inicialmente em países desenvolvidos, pois limites mais restritivos exigem tecnologias avançadas de motores, combustíveis mais limpos e sistemas de pós tratamento de gases mais rigorosos, encarecendo o preço final dos veículos.
Os desafios para diminuir a emissão de gases poluentes em um motor à combustão interna e atender normas ambientais vigentes, podem ser enfrentados por diferentes caminhos. Destaque para sistemas de pós tratamento de gases de escape e para o que é chamado de Downsizing, nome dado ao uso de motores menores produzindo mais potência, graças ao uso de tecnologias modernas que otimizam a combustão e rendimento do motor.
Como tendência geral para os lubrificantes, as montadoras estão migrando para a exigência de lubrificantes de menor viscosidade para, entre outras coisas, ter um lubrificante com perfil voltado para economia de combustível com qualidade o suficiente para suportar intervalos de troca estendidos e condições impostas por sistemas modernos.
Além dos itens citados acima, há também o uso de:
Alguns deles podem ser adotados para que o veículo seja menos poluente. Para veículos movidos a gasolina, o catalisador de 3 vias é o método mais conhecido. Abaixo, é possível verificar o funcionamento de alguns sistemas de tratamento de gases para veículos diesel.
Não é necessário que o veículo seja equipado com todos os tipos de sistemas de pós tratamento, mas é necessário que atendam a norma vigente do país. No Brasil, desde 2012, o mais conhecido é o Filtro de Partículas Diesel (DPF).
O uso de combustível fora de especificação, bem como lubrificantes sem compatibilidade com a tecnologia, afeta a vida útil do sistema de pós tratamento de gases e, consequentemente, o desempenho do veículo. Para veículos com estes sistemas, é comum encontrar no manual do proprietário a recomendação para o uso de Diesel com baixo teor de enxofre e lubrificantes com nível reduzido de cinzas sulfatadas, enxofre e fósforo.
Dica: saiba mais sobre as normas de lubrificantes clicando aqui.
Ao compararmos a potência específica de um motor moderno com um motor de algumas décadas atrás, veremos um motor 1.4 sobrealimentado de fábrica com mais potência do que motores antigos 1.8, 2.0 ou maiores.
A melhoria de rendimento do motor pode ser obtida com diferentes tecnologias. Os turbocompressores estão em evidência, mas há também o compressor volumétrico, melhoria no controle da combustão, comando de válvulas variável, injeção direta de combustível, razão de compressão elevada e outros. Veja alguns exemplos:
Além de promover o aumento de rendimento em um motor 4 tempos, estas tecnologias fazem uma seleção natural para produtos de qualidade, tanto no quesito combustível, quanto lubrificante. As montadoras estão mais exigentes quando o assunto é gasolina de alta octanagem, diesel com menor teor de enxofre e a especificação original do fabricante para lubrificantes de melhor desempenho. Lubrificantes formulados exclusivamente com básicos minerais ou semissintéticos convencionais já não são recomendados para veículos recentes.
Até os veículos elétricos e híbridos conquistarem seu espaço no mercado brasileiro, ainda veremos outras tecnologias automotivas em veículos lançados no país, com o objetivo de reduzir a emissão de gases e atender normas ambientais como as apresentadas neste artigo.
Porém, um fato que não podemos negar é que o lubrificante continuará exercendo uma função importante nesta evolução, garantindo a proteção dos componentes, como turbocompressor e outros sistemas de alto desempenho, proporcionando intervalos mais estendidos com combustível de qualidade e oferecendo uma vida útil mais longa aos sistemas de tratamento de gases devido à sua compatibilidade.