Fazer uma viagem de carro é uma experiência um pouco diferente do que dirigir dentro das cidades. Nas rodovias, a velocidade média de condução é superior, há o tráfego de grandes caminhões que, na maioria das vezes, não são permitidos em centros urbanos, as viagens são mais longas e locais de serviços emergenciais, como mecânicos, borracheiros e postos, são mais escassos.
Porém, a viagem, seja ela profissional ou pessoal, pode ser mais segura se forem tomadas algumas medidas de prevenção. Como mostraremos abaixo, algumas delas precisam ser realizadas por um especialista. No entanto, as manutenções mais simples podem ser feitas pelo proprietário do veículo.
Por isso, listamos alguns procedimentos, que não substituem a manutenção programada que deve ser praticada conforme o manual do proprietário, mas são fundamentais antes de pegar a estrada. Por esse motivo, não abordaremos as questões que devem ser conferidas e corrigidas nestas manutenções. Este checklist tem a função de reforçar a segurança do veículo durante a condução e diminuir o risco de ficar parado na estrada com o veículo avariado.
Durante a semana que antecede a viagem, a recomendação é que o proprietário encaminhe o veículo a um especialista afim de realizar uma inspeção e verificar a possível existência de serviços a serem feitos antes da próxima revisão programada.
O alinhamento e balanceamento das rodas é um desses serviços naturalmente executados durante essas revisões, porém ao rodar com o veículo em pistas irregulares, o carro pode ficar desalinhado e desbalanceado, trazendo risco à condução, principalmente em alta velocidade.
Neste momento, também é possível observar se os itens da suspensão, como buchas, estão em bom estado ou desgastados, a condição dos pneus e as pastilhas de freios.
O técnico também poderá efetuar uma inspeção com o objetivo de atestar a ausência de vazamentos de óleo, fluido de freio ou fluido de arrefecimento.
Além dos procedimentos que devem ser feitos por um especialista, antes de pegar a estrada, existem inspeções que podem ser realizadas pelo próprio motorista. Veja abaixo a lista de itens que precisam ser conferidos:
Este cuidado deve ser periódico e é fundamental que o motorista se certifique de que todas as lâmpadas do veículo estão funcionando corretamente. Lâmpada com defeito diminui a visibilidade, além de ser passível de multa.
As lâmpadas do farol são igualmente importantes, então, lembre-se de verificar se estão alinhadas. Em geral, os veículos possuem meios para a regulagem do farol.
A bateria é um item fundamental a ser verificado, já que pode perder a sua capacidade de funcionamento por envelhecimento, falta de alimentação ou instalação de acessórios que consumam energia. Apesar ser um item que pode ser conferido pelo próprio condutor, verificar a qualidade da bateria requer que o motorista saiba como utilizar um multímetro, aparelho necessário para a realização dos testes.
Com o carro desligado, os valores devem ser acima de 12 volts (em uma bateria em bom estado, o ideal é aproximadamente 12,6V). Com o carro ligado, a tensão elétrica fica próximo a 14V, podendo variar com a quantidade de componentes que estão consumindo energia e capacidade do alternador.
Por fim, com a ajuda de outro motorista, faça o teste de partida do veículo. No ato de ligar o veículo, a voltagem não deve ter queda para menos de 9V e, caso isso ocorra, a bateria deverá ser substituída.
É comum que os motoristas, e até mesmo mecânicos, esqueçam de substituir os limpadores do para-brisa no período de troca preventiva, sendo substituídos somente quando o condutor é pego de surpresa por uma chuva e constate que as palhetas já não estão limpando como deveriam. Alguns veículos possuem também o limpador do vidro traseiro que, da mesma forma, deve ser trocado se necessário.
A substituição do líquido de arrefecimento faz parte da manutenção preventiva, porém vazamentos e até a tampa do reservatório danificada podem causar a perda de volume. Portanto, confira o nível do fluido de arrefecimento e abasteça, se necessário, com um fluido que atenda a especificação do fabricante. Lembrando que a cor dele não descreve a tecnologia empregada no aditivo. Para saber qual a norma exigida pelo fabricante, consulte o manual do proprietário e jamais complete com água mineral.
O lubrificante do motor sofre a perda de volume durante o período de uso, seja por consumo natural ou vazamentos. Por isso, é necessário que seja feita a inspeção com frequência mesmo que tenha ocorrido a troca dentro do prazo estabelecido pelo fabricante.
Na maioria dos veículos, a conferência deve ser feita por meio da vareta de óleo do motor, outros, no entanto, possuem monitoramento de nível com sistema eletrônico. Consulte o manual para a realização do procedimento.
Dentre todos os itens, este é aquele que o motorista já está mais habituado a fazer e a nossa dica é conferir a calibragem quando estiver na iminência de pegar a estrada, com os pneus ainda frios. O estepe também deve ser calibrado!
Fique atento para a calibração ideal para o seu automóvel, uma vez que a pressão interna correta está relacionada com o veículo, pneu e até com a quantidade de ocupantes dentro dele. Em alguns carros, há uma plaqueta ou etiqueta colada na porta de acesso para o abastecimento, em outros na porta do motorista. Também é possível encontrar esta informação no manual do proprietário.
Ainda sobre pneus, a Motul possui um produto de segurança para o uso emergencial em caso de furo no pneu, o P3 Tyre Repair. Para mais informações sobre ele e a forma correta de utilização, consulte a ficha técnica do produto clicando aqui.
Boa viagem!